20080903

francesca woodman



Francesca fez uma viagem sem volta ao limiar do corpo, como se procurasse os seus limites para encontrar o inevitável.

(...) "Não é, portanto, uma alma ou subjetividade criadora, mas um corpo deitado, na dor, no sono ou na morte. É a dispersão do corpo, do rosto e do próprio olhar, de um corpo que jaz enterrado na fronteira entre a ausência, a aparição, o desaparecimento."

(...) "Francesca Woodman nasceu em Devem, Colorado, em 1958. Começou a fotografar aos 13 anos, utilizando sempre o seu corpo como foco de experiência. Em Janeiro de 1981, publica o livro “Disordered Interior Geometries”. Uma semana depois, atravessou a janela do seu apartamento."

(...) "Sua substância acontece, fora de si, no espaço que há entre a força que o move e o mundo que o acolhe. Sua imagem não é a revelação de uma realidade, mas de uma sombra, de algo que é inteiramente vivo e no entanto não orgânico."










São imagens que nos provocam um certo estranhamento, uma agonia que parece impenetrável.
Descobri a Francesca há pouco tempo, e confesso-me já obcecada...
Seduz-me o rosto que nada revela, a sua aparência como um enigma, um exílio...um desejo.



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