20080512

casa da arquitectura matosinhos




assim é Álvaro Siza retratado por
Maria Antónia Siza.



"Depois do sucesso do Museu de Serralves, agora com a perspectiva do novo pólo em Matosinhos, com a Casa da Música que cada vez mais se impõe no panorama da música nacional e internacional, vai nascer a Casa da Arquitectura.


A Casa da Arquitectura está a dar os seus primeiros passos, que se pretendem firmes e seguros, e tem já na sua Associação - que evoluirá para uma Fundação - parceiros como a Câmara de Matosinhos, a Fundação de Serralves, a Fundação da Casa da Música, a Ordem dos Arquitectos, a Universidade do Porto/Faculdade de Arquitectura, a APDL - Administração dos Portos do Douro e Leixões, a Galp Energia, a UNICER e a AEP - Associação Empresarial de Portugal entre outros.


Com este equipamento pretende-se preservar um conjunto de importantes espólios de arquitectos portugueses, estuda-los e permitir o seu acesso público. Além deste aspecto essencial acresce ainda o facto de poder haver um centro de documentação, uma biblioteca especializada, 3 salas de exposições temporárias, conferências e publicação de edições, revistas da especialidade, materiais audiovisuais e objectos de design."


maria antónia siza


Já agora, aproveito para homenagear Maria Antónia.

Maria Antónia Marinho Leite nasceu no Porto em 1940. Estudou pintura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto embora não tenha concluído o curso. Foi casada com o arquitecto Álvaro Siza do qual teve dois filhos: Álvaro Leite e Joana Marinho. Morreu em 1973, aos 33 anos, demasiado jovem.



"Para aquel
es que, como eu, apenas ouviram falar dela, ver os seus desenhos é uma experiência impressionante. São de uma beleza estranha e, ao mesmo tempo, de enorme tristeza, angústia e inquietação.



Aparentemente são desenhos de alguém com uma enorme lucidez que olha para o mundo com desencanto e com ironia; alguém que se sente inconformado e que se consegue afirmar através da criação. Maria Antónia desenhava sem outro propósito que não fosse desenhar.


Percorrendo os seus desenhos vemos desfilar uma série de figuras ora monstruosas ora fantasmagóricas: seres deformados e contorcionistas, mulheres de rosto enrugado cobertas de roupas de outras eras, estátuas gregas na sua nudez e ar afectado, velhos agonizantes no seu leito de morte...

O traço é linear e ziguezagueante, entrelaçando as figuras num arabesco; detém-se mais demoradamente em alguns pormenores, como os pés e as mãos. A mão de Maria Antónia desenha sem parar..."

1 comment:

margarida. said...

:) são mesmo bonitos.