mancha preta. vestido negro.
as horas, angustiantes.
e o desejo pálido de um beijo, estancava-me o choro que se temia sôfrego e aflito.
(...) encarnei a ingenuidade de uma criança e isso sossegou-me, um pouco. a carícia da minha mãe, no cabelo. como me enchia de coragem sentir protecção. amor.
vestia o vestido vermelho às bolinhas e sentia-me menina bonita e feliz.
(...) hoje não existem vestidos desses. vermelhos (sei que não) e os pretos são capas fúteis que escondem a alma do olhar intrometido.
os olhos são tristes, e sinto o fado.
(depois) deito-me, e espero ser levada num sonho com cheiro a maracujá.
20080608
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